Desculpe, foi engano.

Parece então que eu me confundi, não é mesmo?!
Não era você, nem era eu. Não era pra ser, nunca foi.
Eu entendi errado quando você disse tudo aquilo ou foi só o calor do momento? Ah sim, talvez eu devesse ter sido mais esperta e não acreditado nem em uma palavra sequer. Era bom demais pra ser verdade. Fora de mim, só palavras sem sentido algum.
Ainda assim "eu não posso evitar pensar que nós poderíamos ter tido tudo". Durante essas duas semanas foi nisso que pensei. Contando os dias, as horas, rindo sozinha e te mandando mensagens... Uma perfeita idiota iludida.
Como fui cair nessa? Pela segunda vez???
Não, nem precisa argumentar - eu sei o quanto você é bom nisso - eu tô aqui pra te eximir de qualquer culpa. Criei expectativas bobas, baseada nas coisas que nós dissemos e sentimos naquela noite. Mas a essa altura da vida eu já devia ser grandinha o suficiente pra perceber quando a coisa é unilateral.
Fique tranquilo, não é a primeira vez que isso acontece. Ouso dizer que não será a última. Porque eu tenho essa fé imbecil no amor e nas pessoas. E acho que a vida sem ela é cruel e sem graça... Se está doendo agora é porque acreditei que dessa vez havia algo especial, mas as pessoas erram. Acontece o tempo todo.
Eu poderia ouvir 200 mil explicações plausíveis, se te ligasse e perguntasse o que houve. Só que eu já sei anjo, que é tudo muito simples no fim das contas. Por mais complicada que uma situação possa ser, sempre conseguimos chegar no âmago da questão: "quer ou não quer". Não tem nada de errado em não querer, assim como o problema de querer é todo meu.
Foi isso: decidi entrar nessa e enfrentar o medo de me machucar. O que fica de experiência é: você não precisa botar a mão no fogo pra ver se queima, né?!
Mas é isso aí, menino... Talvez um dia aquela noite seja só mais uma boa lembrança que ficou pra trás, lá longe, em sépia. E isso tudo que tá fervilhando aqui dentro não vai existir mais.

Vida que segue.