2013: The End

Há exatos 365 dias atrás, não tenho como precisar o momento, eu estava abrindo meu coração pra você. Já tínhamos dançado, conversado e nos beijado, quando te abracei e decidi que naquele instante eu deixaria você entrar no meu coração, que estava fechado há tempos. E agora eu resolvi aproveitar a mesma data pra te tirar daqui.
É engraçado como essa coisa de rituais e ciclos exerce um poder sobre as pessoas. Hoje, milhões de seres humanos nesse planeta celebram a virada do ano e renovam a esperança em um novo ano, melhor que o que passou. Essa meia-noite de 31 de dezembro parece ter o poder de findar e iniciar coisas. É desse poder que eu quero me beneficiar.
O que eu tenho pra dizer nesse texto é tão brega que parece até letra de música: "once upon a time I was falling in love, now I'm only falling apart...". Mas eu não poderia deixar passar esse registro, porque seria evitar o "enterro" daquilo que ainda é ou poderia ser. Sem ele, talvez eu não conseguisse seguir com a vida, conforme você sentenciou, sabe?! Preciso derramar aqui aquelas minhas prometidas últimas lágrimas como quem sepulta um ente querido e o liberta para descansar em paz. Eu sei que pra que algo novo nasça é preciso que algo velho morra, nesses casos. Portanto, assim como 2013, o nosso... seja lá o que for isso que a gente teve acabou no Réveillon, tal como começou.
Não, não, eu nem tô mais triste. Talvez nostálgica, por ter cada minuto daquela noite ainda fresco na memória, com toda a euforia que vem com o apaixonamento. Porém, hoje mais cedo, ali nos 45 do segundo tempo, a poucas horas do fim do ano, ele me disse "Eu te amo" e me chamou de "minha filha". E o (re) começo que essas palavras trazem consigo é muito maior do que o que eu e você vivemos ou que poderíamos viver. De alguma maneira maluca que talvez só Freud explique, isso muda tudo.
Desta vez não tem raiva, não tem revolta, nem mesmo esperança. Eu tô te deixando ir, tô fazendo uma única promessa pra ser cumprida a partir deste primeiro de janeiro: matar esse amor que eu sinto por você. Fazer com que ele morra à míngua, por falta de alimento. Nem que pra isso eu tenha que te apagar completamente, te tirar de perto de mim, dos meus olhos e ouvidos. Como naquele filme que eu adoro, "O Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças", ou o mais próximo que eu consiga chegar daquilo que eles fazem no longa; por mais doloroso que seja.
Daqui pra frente, tudo vai ser diferente, começando pelo simples fato de que eu sou amada por ele.
Vá em paz, siga seu caminho e seja feliz, chuchu. 

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